M-PLASFIL: Desenvolvimento de Membrana para Microfiltração e Retenção de Microplásticos
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M-PLASFIL: Desenvolvimento de Membrana para Microfiltração e Retenção de Microplásticos

Classificação Geral: 4º lugar (Campeão da categoria PIEC PLURAL)

Estudantes: Maria Gabriely Félix de Siqueira / Maria Helena Dantas de Lima / Maria Luiza Souza Dantas

Orientação: Prof.º Eduardo Adelino Ferreira e Prof.ª Fabiana Medeiros do Nascimento Silva

Escola: SESI – Campus Prata

Cidade: Campina Grande – PB



Não chega a ser uma surpresa que o TOP 5 da segunda edição do PIEC encontre, já em seu 4º lugar, um projeto de combate, controle e redução dos danos causados pelos polímeros sintéticos (plásticos). O plástico, principalmente os de uso único, como sabido, é um dos maiores vilões do meio ambiente e uma das principais ameaças à vida marinha e à qualidade das águas. Por isso, faz muito sentido que um projeto como M-PLASFIL esteja entre os 5 projetos mais bem colocados.


Maria Gabriely Félix de Siqueira, Maria Helena Dantas de Lima e Maria Luiza Souza Dantas com seu projeto M-Plasfil. | FOTO: Divulgação 2º PIEC / Arquivo pessoal das estudantes

Na primeira edição do PIEC, dentre os 05 mais bem colocados, três projetos eram biopolímeros, popularmente conhecidos como plásticos biodegradáveis. Projetos já preocupados com o problema que o plástico gera no mundo, porém, diferente desses projetos, M-PLASFIL não mira a substituição dos plásticos, mas sim reduzir os danos que podem ser causados pela entrada massiva de microplásticos no corpo humano.

Preocupadas com essa situação, “As 3 Marias”: Maria Gabriely, Maria Helena e Maria Luiza, se uniram para encontrar uma solução plausível, sob a orientação dos professores Eduardo Adelino Ferreira e Fabiana Medeiros do Nascimento Silva.


Hoje, já se sabe que micros e nano plásticos podem ser encontrados em abundância nas águas, seja pelo contato om produtos de plástico que ao se desgastarem soltam micropartículas de plástico que não se degradam ou levado pelas redes coletoras de esgotos não tratados. Mais tarde, essas partículas acabam por invadir organismos humanos, seja por meio de alimentos como peixes e outros frutos do mar, ou até pela simples e rotineira ingestão de água não filtrada e/ou não tratada devidamente.


"M-PLASFIL: Desenvolvimento de Membrana para Microfiltração e Retenção de Microplásticos" desenvolvido por Maria Gabriely Félix de Siqueira, Maria Helena Dantas de Lima e Maria Luiza Souza Dantas. | FOTO: Divulgação 2º PIEC / Arquivo pessoal das estudantes

M-PLASFIL é um projeto desenvolvido para esse fim. Através de um longo processo de pesquisa, as estudantes da Escola SESI, localizada no Bairro Prata em Capina Grande – PB, desenvolveram uma membrana cerâmica à base de argila Montmorillonita – um material abundante na região do agreste paraibano – e acrescentaram batatas doces e suas cascas, usadas como material porogênico na composição da membrana.


Os resultados obtidos são animadores. Com o uso desses materiais a membrana apresentou poros que permitem a passagem da água, mas que restringem e capturam as partículas de microplásticos. Com poros restritos a tamanhos que vão de 0,1 a 10 μm (micrômetros), a membrana apresenta uma estrutura suficiente para permitir que a água flua e eficiente para reter, nesses microporos, os microplásticos, que se estima, possuem algo entre 1 μm e 5 mm (milímetros).

"M-PLASFIL: Desenvolvimento de Membrana para Microfiltração e Retenção de Microplásticos" desenvolvido por Maria Gabriely Félix de Siqueira, Maria Helena Dantas de Lima e Maria Luiza Souza Dantas. | FOTO: Divulgação 2º PIEC / Arquivo pessoal das estudantes

Outros testes precisam ser feitos e a apresentação do produto ainda precisa de um desenvolvimento final que permita, dentre outras coisas, produzir as membranas em escala grande o suficiente para atender estações de tratamento que desejem aderir à técnica. Mas com princípios sólidos e uma preocupação genuinamente contemporânea, o projeto foi muito bem avaliado.


Contra concorrentes de peso, a membrana que promete nos livrar do excesso de microplástico presente nas águas, se mostrou um fortíssimo concorrente, chegando à 3ª posição na categoria Futuro Brilhante, 5º lugar na categoria Nova Realidade e 6º colocado na categoria Consciência circular, desempenho que o fez alcançar o 4º lugar na classificação geral e figurar nas páginas do livro de registros da 2ª edição do PIEC.


Se depender da membrana M-PLASFIL e da capacidade dessas “três Marias” em projetar soluções sustentáveis, nosso futuro será mais saudável e seguro.

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